Mateus Uérlei Pereira da Costa
Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais
O Dia da Visibilidade Trans é celebrado todo dia 29 de janeiro, desde 2004. A data foi instituída pelo Movimento LGBT naquele ano quando, no Congresso Nacional, através do Ministério da Saúde, foi lançada uma campanha pela cidadania e saúde para o público de travestis e transexuais. A campanha foi intitulada “Travesti e Respeito”. A data tem como objetivo ressaltar a importância da visibilidade e o respeito às travestis e transexuais na sociedade brasileira (GRAB – Grupo de Resistência Asa Branca – Fortaleza/CE).
O
Dia da Visibilidade Trans lembra a luta do movimento LGBTT, a partir de seu
segmento “TT”, pela cidadania e direitos de
travestis e transexuais. Pretende-se, a partir das ações dessa data, buscar uma
real visibilidade a este segmento, diversa daquela que muitas vezes é retratado
pela mídia em programas de comédia ou em boletins policiais. Não raramente os
programas de comédia retratam as travestis como homens que tentam mentir sobre
seu sexo biológico, ignorando as questões de gênero e reforçando estereótipos. Já
as reportagens policiais costumam representar a travesti, mesmo ela sendo a
vítima, como uma criminosa, tentando criminalizá-la e justificar agressões
físicas, morais ou crimes letais transfóbicos sofridos. A transfobia no Brasil
é tão grande que em menos de um mês o site Homofobiamata já
contabiliza, hoje, dia 28 de janeiro de 2014, 11 assassinatos de travestis. E o
Estado, tanto no nível federal, quando nos níveis estadual e municipal, pouco,
ou quase nada faz.
O
CELLOS-MG - Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais deseja
que o 29 de janeiro repercuta na sociedade para que as travestis, transexuais e
homens trans sejam aceitos em um convívio social sem violência e que tenham
seus direitos respeitados de forma plena. Espera-se que mais pessoas estejam
engajadas cotidianamente na promoção dos direitos, por uma cultura de paz onde
travestis e transexuais não continuem sofrendo violência e discriminação das
famílias, nas escolas, no mercado de trabalho e no dia a dia.
Acredita-se
que as travestis são o grupo mais estigmatizado da comunidade LGBT, que sofre
maior violência física, moral e psicológica. Não poucas vezes são discriminadas
até mesmo por lésbicas e gays, os que deveriam ser os primeiros a conhecê-las e
respeitá-las, já que sofrem preconceito semelhante, mas não igual, de grande
parte dos membros da sociedade.
No
sentido de levar mais informação sobre o grupo de travestis e transexuais, o
CELLOS-MG convida a todos a assistirem o filme “Janaina Dutra – uma dama de
ferro”, no próximo sábado, dia 1º de fevereiro, às 16 horas, na sede da ONG.
Informações:
Sessão
comentada: Janaina Dutra – uma dama de ferro
Direção:
Vagner de Almeida
Comentarista:
Anyky Lima – Presidenta do CELLOS-MG
Data:
01 de fevereiro de 2014
Horário:
16 horas
Endereço:
Av. Afonso Pena, 867 – Edifício Acaiaca – Sala 2207
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