Na quinta-feira, dia 07/03/2013, a Comissão de Direitos Humanos
da Câmara dos Deputados elegeu, a portas fechadas, Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir o colegiado, após o adiamento da sessão do dia anterior motivado por protestos. Esse episódio gerou muita polêmica e mobilizou movimentos sociais, personalidades públicas e anônimos da sociedade civil.
Em sua defesa, o pastor e deputado afirmou, logo após a sua eleição, que vivemos numa "ditadura gay". Disse também que os opositores que organizaram, através das redes sociais, protestos simultâneos contra a sua eleição em 10 cidades brasileiras são "cristãofóbicos".
O CELLOS-MG estava presente no ato do dia 09/03/2013, em Belo Horizonte, expressando nosso repúdio ao que está acontecendo na Comissão de Direitos Humanos. Será que o CELLOS-MG colabora para uma "ditadura gay"? Será que somos "cristãofóbicos"?
Nossa oposição, antes de qualquer consideração, não é contra um religioso qualquer assumir a presidência de qualquer comissão da câmara que seja. Nossa posição, assim como a da ABGLT, é ser contra uma eleição ilegal e que privilegia alguém que é declaradamente inimigo das minorias em favor de interesses políticos.
A eleição para a presidência da câmara ocorreu de forma a ferir o próprio regimento interno da Câmara dos Deputados, que define situações especiais nas quais se justifica que se mantenham as portas fechadas ao público e à imprensa (como em caso de declaração de guerra, por exemplo). Este fato é contrário ao mais elementar princípio democrático e, se a palavra ditadura pode ser associada a um lado dessa discussão, com certeza caberá àqueles que compactuaram com essa manobra. Portanto, esta eleição pode e deve ser considerada nula, pelo bem da democracia brasileira.
É importante lembrar, também, que o deputado em questão conta com um histórico de manifestações consideradas racistas e homofóbicas, além de ser acusado de estelionato. Somado ao seu passado sombrio, Marco Feliciano propõe projetos para o futuro que, ao invés de beneficiar as populações vulneráveis, visam somente fortalecer seus interesses e suprimir direitos recém-conquistados pelas minorias. Assim, a eleição de um inimigo público de grupos que deveriam ser amparados pela Comissão de Direitos Humanos é, no mínimo, imoral. Tanto isso é verdade que protestos a respeito da sua eleição partem, inclusive, de grupos evangélicos, injustificando o argumento da oposição ter motivação "cristãofóbica".
Por tudo isto posto, consideramos que a eleição do pastor e deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é uma manobra política imoral e ilegal. É um retrocesso que satisfaz apenas a interesses políticos, ameaçando efetivamente a dignidade e cidadania de diversas brasileiras e brasileiros.
O CELLOS-MG e diversas outras entidades representantes dos movimentos sociais reivindicam, portanto, a anulação da eleição de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Continuaremos a moblização em BH e todo pais até que Feliciano deixe a comissão. A voz de todos os defensores de Direitos Humanos deve ecoar conosco o grito das populações oprimidas: FORA, FELICIANO!!!
Convocamos a tod@s para mais um ato em defesa dos Direitos Humanos e pelo "Fora, Feliciano!" neste sábado, dia 16/03/2013, às 14h, na Praca 7, em Belo Horizonte. Venha participar conosco, pois precisamos de todo o apoio possível para evitar que o futuro esteja na contramão do mundo que queremos.
Em sua defesa, o pastor e deputado afirmou, logo após a sua eleição, que vivemos numa "ditadura gay". Disse também que os opositores que organizaram, através das redes sociais, protestos simultâneos contra a sua eleição em 10 cidades brasileiras são "cristãofóbicos".
O CELLOS-MG estava presente no ato do dia 09/03/2013, em Belo Horizonte, expressando nosso repúdio ao que está acontecendo na Comissão de Direitos Humanos. Será que o CELLOS-MG colabora para uma "ditadura gay"? Será que somos "cristãofóbicos"?
Nossa oposição, antes de qualquer consideração, não é contra um religioso qualquer assumir a presidência de qualquer comissão da câmara que seja. Nossa posição, assim como a da ABGLT, é ser contra uma eleição ilegal e que privilegia alguém que é declaradamente inimigo das minorias em favor de interesses políticos.
A eleição para a presidência da câmara ocorreu de forma a ferir o próprio regimento interno da Câmara dos Deputados, que define situações especiais nas quais se justifica que se mantenham as portas fechadas ao público e à imprensa (como em caso de declaração de guerra, por exemplo). Este fato é contrário ao mais elementar princípio democrático e, se a palavra ditadura pode ser associada a um lado dessa discussão, com certeza caberá àqueles que compactuaram com essa manobra. Portanto, esta eleição pode e deve ser considerada nula, pelo bem da democracia brasileira.
É importante lembrar, também, que o deputado em questão conta com um histórico de manifestações consideradas racistas e homofóbicas, além de ser acusado de estelionato. Somado ao seu passado sombrio, Marco Feliciano propõe projetos para o futuro que, ao invés de beneficiar as populações vulneráveis, visam somente fortalecer seus interesses e suprimir direitos recém-conquistados pelas minorias. Assim, a eleição de um inimigo público de grupos que deveriam ser amparados pela Comissão de Direitos Humanos é, no mínimo, imoral. Tanto isso é verdade que protestos a respeito da sua eleição partem, inclusive, de grupos evangélicos, injustificando o argumento da oposição ter motivação "cristãofóbica".
Por tudo isto posto, consideramos que a eleição do pastor e deputado Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é uma manobra política imoral e ilegal. É um retrocesso que satisfaz apenas a interesses políticos, ameaçando efetivamente a dignidade e cidadania de diversas brasileiras e brasileiros.
O CELLOS-MG e diversas outras entidades representantes dos movimentos sociais reivindicam, portanto, a anulação da eleição de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Continuaremos a moblização em BH e todo pais até que Feliciano deixe a comissão. A voz de todos os defensores de Direitos Humanos deve ecoar conosco o grito das populações oprimidas: FORA, FELICIANO!!!
Convocamos a tod@s para mais um ato em defesa dos Direitos Humanos e pelo "Fora, Feliciano!" neste sábado, dia 16/03/2013, às 14h, na Praca 7, em Belo Horizonte. Venha participar conosco, pois precisamos de todo o apoio possível para evitar que o futuro esteja na contramão do mundo que queremos.
Porquê será que isso não gerou nenhum protesto?
ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=539273119451417&set=a.298282823550449.76388.298280080217390&type=1&theater
Ana, quem disse que este fato não gerou protestos?
ExcluirVamos todos na manifestação "Fora Feliciano".
ResponderExcluirNeste sábado, dia 16, às 14 horas, na Praça Sete.
Estarei lá.